Com o passo ao s.XX, o movimento nacionalista vai crescendo e chega a alcançar representação parlamentar nas Cortes da II República. Boa parte das ideias federalistas, igualitárias e progressistas que propugnava, foram incluídas no Estatuto de Autonomia que os galegos e galegas tinham refrendado massivamente em 1936. Mas o punch de Franco aborta o processo, e marca o começo de uma etapa de funda repressão. Na Galiza a sublevação fascista não teve forma de guerra, mas de represálias, julgamentos sumários ou assassinatos nas beiras dos caminhos. Os líderes galeguistas e republicanos que conseguiram fugir refugiaram-se no exílio, acolhidos pelas comunidades galegas de emigrantes. No entanto, no interior, ressurgia progressivamente um movimento anti‑franquista e defensor dos direitos culturais, sociais e políticos dos galegos e galegas, assentado nos movimentos associativos e de cidadãos que continuariam ativos depois de morto o Ditador. O processo de reforma democrática iniciado trás a restauração da Monarquia deu passo a uma reorganização administrativa que daria lugar a dezassete comunidades autónomas, entre elas a galega. Assim, em 1981 foi aprovado o Estatuto de Autonomia da Galiza. Três décadas depois, a sociedade galega evoluiu consideravelmente, tanto no económico quanto no político, e muitos setores consideram necessária a revisão do texto estatutário, para alcançar um maior auto-governo, e o reconhescimento da Galiza como nação com voz própria no mundo.
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